Bmw 530e Touring

Energia Sustentável


​Foi a pergunta mais frequente que me fizeram sobre o par de renovados Série 5 Berlina e pela primeira vez na gama, Touring que pude testar ao longo de quase duas semanas, após saberem que se tratavam de híbridos plug-in. A reação à minha resposta acabou também por ser quase sempre a mesma: um franzir do sobrolho e um singelo: “Só?” Sim, pouco mais de 40 km em modo elétrico não é muito  e um pouco longe dos 53 km a 59 km oficiais , mas foram suficientes para a maioria das ocasiões, sem me negar até a entrar em vias rápidas e autoestradas (140 km/h de velocidade máxima em modo elétrico). Muitos de nós, realisticamente, não fazem assim tantos quilómetros por dia.

Carregar a bateria de 12 kWh também não leva, felizmente, todo o tempo do mundo. Num posto de carregamento convencional, com a bateria praticamente descarregada, três horas bastavam para voltar a “enchê-la”. Com a bateria cheia de “sumo”, mas agora em modo híbrido, impressiona o tempo que o “cerebrozinho” eletrónico do sistema decide recorrer ao motor elétrico ao invés do motor de combustão, com este a fazer-se “ouvir” apenas quando aceleramos mais forte ou as subidas ficam mais íngremes. Não admira que nestas ocasiões os consumos se tenham mantido regularmente e confortavelmente abaixo dos 2,0 l/100 km, sobretudo nas deslocações mais curtas e com mais oportunidades de recuperar energia em desacelerações e travagens.



Independentemente disso, ambos acabam por ter aquela qualidade não muito comum de, nestes ritmos mais apressados em estradas mais enroladas, parecerem ser mais pequenos do que realmente são dado a agilidade demonstrada — mesmo sabendo que a fita métrica indica praticamente 5,0 m de comprimento e 1,9 m de largura. Pontos negativos? O volante M em pele presente nas duas unidades. Demasiado espesso e acaba até por roubar alguma sensibilidade aos procedimentos, em contraste com todos os restantes comandos.​